COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um livro de Bem e Amor


A obra chama-se “BemAmor”. Será num ambiente campestre que procederei ao lançamento de mais um livro que homenageia a minha filha Eduarda.
No Casal do Monte, em Colmeias, no dia 21 de Março, pelas 16h00, junto de um carvalho com cerca de oito séculos de existência, aliado ao espectáculo do campo e das transformações da natureza, a apresentação deste livro pretende ser mais uma forma de evocar a pequena Princesa e toda a mensagem que legou. A narrativa envolve três personagens: a Eduarda, a flor Margarida e o passarinho colibri. Juntos, cumprem a sua missão principal: espalhar pelo mundo o néctar do Bem e do Amor.
Se o tempo não o permitir, a apresentação do “BemAmor” será efectuada pelas 16h00, na Associação Malmequer Silvestre, no lugar do Feijão, em Colmeias (antiga escola primária).
Mas o autor e a editora Textiverso esperam que esteja um dia bonito e que permita a todos os que se queiram associar a este momento de cultura e homenagem, a possibilidade de sentirem a brisa da natureza, com um livro feito de Bem e Amor. Deste modo, considerando que não é fácil chegar ao local onde se encontra este imponente carvalho do Casal do Monte, o ponto de encontro está marcado para junto do mensário NOTÍCIAS DE COLMEIAS, pelas 15h30.

Conto convosco! Joaquim Santos

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A beleza de um qualquer coração não é visível mas sentida


O Coração não se coaduna com as vaidades, com os desfiles de moda, onde a roupa, as pinturas e perfumes, mostram a beleza de um alguém que se quer apenas tornar visível. O Coração vai mais fundo com a sua beleza e coloca-nos desafios infinitos na imaginação. O desafio que nos lança é de imaginar quanta beleza ele Terá, quanto maior for o acto humano no seu dia-a-dia. Foi contigo que aprendi a ver mais beleza, querida Eduardinha. Nos meus trajectos quotidianos, com os altos e baixos, com as agruras dos encontros e desencontros, fui conhecendo e privando com vários Corações. Uns muito bons, outros nem por isso. Minha filha de Sempre, queria dizer-te que o Teu foi o mais lindo Coração que conheci. É a sua beleza que ainda me inspira, do alvor das manhãs ao lusco-fusco das noites.
Afinal, o Coração é a verdadeira beleza humana. O que se vê no exterior é apenas agradável aos olhos. O mais lindo não é visível mas é muito sentido, perceptível, profundamente vivido.
Ainda te Vivo e recordo nos bons momentos que tivemos, de Coração para Coração, não esquecendo o lindo e tão marcante Coração da Tua mãe que foi extremosa com os teus cuidados.
São esses Corações que nos dão alma, sentido, perdão, continuidade e acima de tudo muito Amor. Só esse órgão do nosso corpo permite uma entrega incondicional ao Amor, um perdão impossível por tamanha mágoa ou ofensa, uma tolerância pelas diferenças ou falhas dos outros, conseguindo mesmo corrigir a injustiça, por maior que esta seja. Também é esse Coração que nos continuas a revelar que nos faz caminhar, mesmo quando alguém nos quer impedir de avançar, quando a esperança se tornou em descrédito, quando sentimos a intolerância de tantos humanos, onde eles próprios, em muitos casos, podem ser muita coisa, menos um exemplo feliz de bons Corações...
Jamais esquecerei o Teu Coração, sempre aberto para nos provar que o Amor é o único caminho visível…

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Recebi esta mensagem do Miguel, o meu Amigo de eleição, resumindo a sua forma de vivenciar a amizade...

“O amigo que consegue estar calado connosco num momento de confusão ou desespero, que pode ficar ao pé de nós numa hora de desgosto e pesar, que tolera não saber… não curar… É este o amigo que verdadeiramente quer saber de nós.” Henri Nouwen, escritor e teólogo holandês (1932-1996)

Para os meus amigos da Âncora


Durante três anos colaborei na publicação Diário de Bordo da Associação “A Nossa Âncora” – Apoio a Pais em Luto com uma secção permanente que se chamava “Bom Porto”. Chegou o tempo de parar, dar a vez a outras pessoas contribuírem com esta causa. Não sei se ajudei alguém mas tentei. Com a noção dos meus limites, da minha condição de humano, reconhecendo que não passo de mais um daqueles Seres que continua na senda da aprendizagem.
Nesta minha ligação à Âncora e nos escritos que deixei, queria dizer a todos os membros que o fiz com a vontade constante de falar verdade. Desde 2006 que passei noites em branco, chorei, errei, percorri caminhos de tristeza. Mas, nessa escrita do “Bom Porto”, num mundo repleto de pessoas que se esquecem de serem mais simples e de reconhecerem que não passam de comuns mortais, falíveis, porque o ser humano assim foi e assim será sempre, importa reconhecer e agradecer o apoio, carinho e estima que recebi de alguns Ancorados desta família. É exactamente para essas pessoas, tão bem identificadas, que dedico com carinho, uma evocação que singelamente lhes endereço.

Uma Âncora aos Ancorados
Cada família é uma união. Transporto comigo o motivo infeliz que me levou até Vós, com uma ferida profunda que me devassa o peito. Foi essa a razão que me conduziu à Âncora, ficando intensamente ancorado a todos os que dividiram relatos difíceis de contar e viveram a partilha da experiência mais difícil… Deixo-vos este pequeno texto para que nos Vossos Corações possa residir, esperando que se lembrem de mim apenas como um simples Ancorado, preso às mesmas amarras que infelizmente mas felizmente nos juntaram.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que a simplicidade é o único caminho possível para chegar ao verdadeiro destino.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem dar valor à amizade verdadeira, mesmo quando os amigos se possam enganar nos caminhos.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem perceber que não podemos e não devemos julgar ninguém.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que é sobre a sua vida que devem reger a sua existência.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que a dor permanecerá até ao fim dos seus dias terrenos.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que a força não existe do acaso.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que a base da sua vida é a sua própria vida, amando o seu semelhante mesmo que não encontre nele a perfeição.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que perdoar sem questionar é uma oportunidade de conquistar o nexo de existir.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que esta vida é uma passagem e que existem coisas que não merecem o nosso tempo ou frustração.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que apenas existe um problema no mundo, a largada de um Ser que se Ama.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que numa fracção de segundo o melhor dos planos se altera nos seus dias.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que não vale a pena ser rico enquanto não se gerar valor no Coração.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem o que é cair e levantar, com encontros e desencontros.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que ter um filho é um Dom e uma Dádiva de Deus, que num merecido instante nasceu e num inesperado momento se elevou.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que uma Âncora significa um porto de abrigo e que os seus marinheiros são o princípio da solidariedade e dádiva.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que querem rumar para o Bom Porto, depois de uma rota de avanços e recuos, de aventuras e desventuras.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que apesar de tudo valeu a pena porque não é por mero acaso que chegaram ao porto de abrigo.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que o caminho a seguir é a tolerância e não menosprezar a vida do seu semelhante, qualquer semelhante.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que quando alguém precisa de uma mão num instante se estende as duas.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que não existem esquecimentos possíveis para um verdadeiro Amor.

São os ancorados mais do que ninguém que sabem que qualquer vida será sempre vida.


Escrito na madrugada do dia 9 de Fevereiro de 2010, dedicado de forma muito especial aos meus Amigos da Âncora, alguns Ancorados que se tornaram uma referência de respeito...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Roda decisiva da vida

A vida é uma miragem muito curta. Do nascimento à hora decisiva é um ápice. Formamos uma equipa de jogadores. Uns ganham e sobrepõem-se aos outros. Outros passam anos, décadas a fio, sobre a aparente inferioridade, sem direitos ou oportunidades iguais.
É pertinente perguntar qual a verdadeira noção de superioridade? Vimos tantos “cantores” a soletrar palavras bonitas, com as anunciadas pontuações correctas… No entanto, têm tanto para aprender com a humildade de um sorriso de uma criança pobre, com a coragem de sobrevivência de um mendigo, com o papel decisivo de quem não consegue ver portas abertas para o direito elementar do trabalho.
E vimos nas Universidades ou nos Parlamentos, nos acontecimentos culturais e afins, os conhecidos letrados, pessoas do saber, a apregoarem tantas vezes os direitos fundamentais do ser humano… Que sabem eles da vida? Que "cosmética" disfarçada fazem para até falarem de temas como a pobreza se nunca passaram por isso e o mais grave de tudo é que em muitos casos até se aproveitam da debilidade humana para ainda crescerem economicamente ou então nas suas conquistas na sociedade.
Tortura-me a aparência. Entristece-me o sentimento de superioridade. Desilude-me a injustiça.