COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dói a insensibilidade


Custa tanto perceber a insensibilidade. Dói saber que existem pessoas que esquecem rápido o sofrimento dos outros, quase ocultando ou passando por cima de factos que experimentados, jamais se podem esquecer ou viver fingindo que não existem.
A morte dói. Uma dor intensa, permanente, que nos consome. Vamos aprendendo a viver com tão dura realidade mas também a conhecer e a eleger pessoas. A partida de alguém que amamos pode também ser ‘passaporte’ para sabermos quem realmente temos. Umas pessoas tornam-se em desilusão e outras são o garante dos nossos dias, a companhia e segurança, a esperança total onde nos agarramos.
A minha família foram a minha força, o meu porto de abrigo. A todos agradeço a sua existência. Sem família somos um barco à deriva, sem local de refúgio.
Se dói o sofrimento de perder alguém que amamos, dói igualmente perceber o distanciamento de todos aqueles que acham que este é um sofrimento a evitar. A evitar? Quem consegue evitar? Como evitar? Estas e outras perguntas, constituem realidades que muitos não querem pensar e assumir que a todos pode bater à porta o inesperado. É este imprevisto que nos trás as coisas boas mas também os maiores dos desafios, tão difíceis de aceitar. Ainda recentemente, no terrível acidente de viação em cadeia na A25, uma jovem de 21 anos de Leiria veio a falecer. Os seus pais sofrem o imprevisto. Estes e tantos pais que sofrem a ausência que surge sem avisar… E quem aparece para minimizar efeitos, chorar connosco esta dor? Não apenas no dia e nas semanas seguintes ao funeral mas… SEMPRE.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Onde é o céu?


Não sei explicar muito bem porquê mas tenho tanto receio da racionalidade. Pensando nela, vem ao meu pensamento o facto de que muitas coisas parecer não fazerem sentido... Por vezes, é bom distanciarmo-nos do que aparentemente nos surge como se fosse óbvio ou o mais lógico. Refiro-me às questões da espiritualidade, da fé, de Deus. Se por um lado coloco a dimensão espiritual e a esperança de num dia podermos ter o prémio consagrado, numa outra perspectiva real, terrena, não consegui ainda obter uma pista fiável deste caminho que acreditamos e queremos trilhar.
Deus talvez não seja o que os homens convencionaram. Talvez não seja como o retratam nos livros de séculos e séculos. Quem foi este Deus dos primeiros tempos do mundo? Por onde começou? O que quer de nós? Que projecto tem para todos os seres? Que tem uma abelha ou uma libelinha de diferente do ser humano, ao não serem premiados como nós, com o tão desejado Céu, num reencontro espiritual?
Confesso que estas e outras perguntas me tocam tanto. Mesmo assim, entre ter e não ter fé, prefiro esperar pelo anunciado. Afinal, os sentimentos, o bem e mal, o sentido ordeiro, o amor e ódio, paz e guerra, justiça e injustiça, são um conjunto de circunstâncias da vida que me convidam à introspecção.
Por um lado, algumas pessoas dizem que aqui é um verdadeiro inferno, esperando pelo céu. Mas, quero acreditar nesse céu, mesmo que o tenhamos de viver aqui. E eu, afinal, já conheci parte desse céu ao viver contigo, lado-a-lado, linda Eduarda de Sempre. Então, espero que o céu seja aqui e aí, onde já estás, onde estaremos todos um dia.