COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

domingo, 31 de outubro de 2010

Biblioteca José Saramago teve casa cheia com os meus amigos...




A Biblioteca José Saramago do Instituto Politécnico de Leiria encheu com a presença de muitos amigos para o lançamento do meu livro "Ancorar o Amor". Na noite de 29 de Outubro, falou-se de Amor como caminho de felicidade, de melhor percepção da vida...
Foi marcante juntar tantos amigos, seres que quiseram partilhar momentos de magia, de tanta entrega. Nunca pensei que a nave central da biblioteca, local de exposições, estivesse com tantas pessoas que se quiseram associar a mais este momento da minha existência... A todos, agradeço o carinho e amizade.

sábado, 30 de outubro de 2010

Amar é um património da vida


tTexto de Joaquim Santos, Biblioteca José Saramago do IPL – Instituto Politécnico de Leiria, 29 de Outubro de 2010, no lançamento do livro ANCORAR O AMOR.

Para todos uma boa noite.
Vou tentar ser breve nesta minha intervenção porque o que penso sobre o Amor está devidamente explicado neste livro ‘Ancorar o Amor’.
E, tentando explicar a motivação que me orientou nesta publicação, direi que foi o facto de perceber que vivemos cada vez mais entalados na ausência de sentimentos e da sua percepção. É talvez este um dos aspectos de maior importância.
Sabemos que o Amor é o caminho para percepcionarmos todos os outros sentimentos da natureza humana. Sabemos também que nesse sentimento de Amor, se pode amar uma outra pessoa, como um filho, uma outra pessoa numa relação amorosa, os restantes familiares, os amigos, mas também a terra que pisamos, um objecto especial que nos diz muito ou as tradições do meio em que habitamos.
Mas, na sociedade contemporânea, onde cada vez mais se vive individualmente, mergulhados num egoísmo absoluto, existe tanta gente que julga de forma errada que vive intensamente esse sentimento de Amor. Usa-se demasiado essa palavra mas não se vive o sentimento verdadeiramente. Emprega-se o termo Amar tão repentina e generalizadamente, como se fosse fácil atingirmos esse estágio.
Por outro lado, também existem tantas pessoas que vivem anos a fio, gritando bem alto a todos os que o rodeiam que amam, sem nunca terem vivido de forma autêntica o verdadeiro Amor. Andaram e andam anos a fio a enganarem-se e tantas vezes a enganarem quem os rodeia, numa experiência nunca vivida, mas muitas vezes desejada.

Mas, qual será a condição para verdadeiramente amar? Qual será o verdadeiro segredo que nos conduz a experimentar este sentimento? No meu entender, precisamos de cinco passos na vida para atingirmos o verdadeiro Amor.
A primeira condição passa pela humildade. Nenhum ser que se julgue superior, que se sinta muito mais do que aqueles o que rodeiam. O que olhar para os outros de alto para baixo, como se algumas pessoas fossem restolho, jamais sentirá o verdadeiro Amor.
A segunda condição consiste no dom do perdão. Ninguém é perfeito nos seus actos diários, no gastar do seu tempo. Quem não tolera o seu semelhante, jamais sentirá o verdadeiro Amor.
A terceira condição é ser-se solidário. Quem conviver com a inferioridade, com a dificuldade extrema, não conseguindo pelo menos tentar fazer algo para puxar pelo seu semelhante, jamais sentirá o que é o Amor.
A quarta condição está associada à tolerância. Não conseguimos perfeição em quase nada na vida, porque o Homem encontra-se num estado permanente de aprendizagem. Quem não souber aceitar as diferenças ou determinadas incapacidades do seu semelhante, jamais saberá o que é o Amor.
A quinta condição é Amar e reconhecer que somos infelizes sem esse sentimento. Existir com outras realidades sentimentais conduz o espírito ao fracasso, à infelicidade permanente. Entrando no íntimo de cada ser vivo, sabemos que só amamos existindo, só existimos amando. É com a humildade da primeira condição, o perdão da segunda condição, ser-se solidário da terceira condição, a tolerância da quarta condição, que chegaremos à meta da quinta condição. Se não correspondermos às quatro condições que vos apresentei anteriormente jamais chegaremos a vivenciar a quinta condição, o pleno Amor.
No fundo, a bem da verdade, bastam apenas quatro condições para se atingir o verdadeiro Amor. Mas, basta que uma dessas condições não exista em pleno para que não haja o Amor. Repetindo: humildade, perdão, ser-se solidário e tolerância.
Depois das cinco conquistas obtemos o Amor. Conseguimos perceber o que é a entrega incondicional. Ganhamos a capacidade de trocar o nosso prato de sopa, dando-o a quem mais precisa. Viveremos felizes com quem no dia-a-dia trabalha connosco. Saber-se-á o que é não desejar mal a ninguém. Não se saboreará com risada os azares dos nossos semelhantes… Poderão estar a perguntar porque vos digo isto?

Na verdade, penso que a indiferença e o individualismo são um dos problemas de fundo dos tempos actuais. A política, por exemplo, poderia ser uma das profissões mais nobres da sociedade. Mas, numa lógica de individualismo absoluto, com obreiros que se servem da causa pública apenas para seu proveito ou dos seus pares, tornou-se num dos mais graves problemas do contexto político do mundo.
Os políticos só vão servir bem quem os elege, se conseguirem desenvolver a sua missão com Amor à Pátria, às regiões onde são eleitos e à ética dos regimentos e legislação. Os políticos só vão servir em condições se colocarem no seu dia-a-dia o sentimento, se amarem os outros. Que legitimidade existe num político que só cuide dos seus amplos direitos quando a maior parte da sociedade sofre com a incerteza das reformas, com o corte sistemático dos seus elementares direitos? Quando é que um político pode pedir esforço e sacrifício a um cidadão, invocando dificuldades, se nas suas decisões e prática diária não abdica das compras de luxo, obras faraónicas ou costumes diários de despesismo? Onde está o Amor pelos que todos os dias sofrem com horários cada vez mais alargados de trabalho e com salários que nenhum político aceitaria para o seu desempenho? Qual seria o político que desempenha funções a tempo inteiro de trabalho que viveria com um salário mínimo português? Qual seria o Deputado, o Presidente da Câmara, os Vereadores???
Mas, se quiserdes outra referência à necessidade de Amar nas mais diversas actividades do dia-a-dia, eu vo-lo apresento. Um médico pode ser um especialista, um profissional de grande referência. Mas, esse especialista clínico, jamais será um médico verdadeiro se não tiver uma componente humana, amando quem sofre. Compreendo perfeitamente que pode até criar algum distanciamento com o doente porque corre o risco de carregar uma carga emocional demasiado grande. Mas, uma palavra, um carinho, um conforto, são indispensáveis e essenciais para um qualquer profissional de saúde. Nenhum médico é bom médico sem a componente da compreensão e ajuda. Desempenhar apenas as funções que aprendeu no seu curso, é incompleta terapia, uma falível intervenção clínica. No fundo, sem amar, um médico não é um bom profissional. Ao amar o que faz, amará igualmente o seu paciente.

Este livro é uma viagem. Uma abordagem também... Desvenda-nos ao longo das suas páginas algumas definições do Amor e no seu final demonstra-nos através de um conto, como se pode ser tão feliz com muito pouco.

Desafia-nos igualmente a perceber melhor os outros. Tudo e todos têm explicações para as suas atitudes diárias, para o conjunto de acções e palavras que nos soletram e modificam. Tudo tem um sentido, uma lógica…

O amor é o único caminho possível para cruzar o destino que nos está traçado. A história das nossas vidas vai se desvendando, vivendo passo-a-passo. Sem esse sentimento máximo da condição humana somos seres incompletos, rastejantes na poeira, não deslumbrando o brilho da natureza e do mundo que nos rodeia.

Termino com as crianças. Se realmente quisermos amar, falta uma condição indispensável. Sermos atentos observadores das criancinhas. São esses seres tão pequenos mas tão grandes na sua dimensão sentimental, que nos mostram em todos os momentos como se consegue amar, da forma mais pura e genuína. Muitas vezes não se aprende a amar com os adultos. É com as crianças que se recolhem as bases fundamentais.

Muito obrigado.
Joaquim Santos

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ancorar o Amor

No dia 29 de Outubro, pelas 21h30, no IPL de Leiria (Biblioteca José Saramago) vou lançar o livro 'Ancorar o Amor'. Conto consigo.


SOBRE O LIVRO: "O conteúdo desta publicação é uma viagem profunda aos vários tipos de Amor que o ser humano pode experimentar. Toca fundo nas sensibilidades de cada um, numa perspectiva de afectos, de introspecção, de análise individual e colectiva sobre um dos mais valiosos sentimentos que o homem vivencia. O Joaquim Santos promove o realismo mas também o sonho, numa utopia possível de concretizar. Com a sua análise ao Amor, o autor remete-nos para os tempos ancestrais, onde a vivência tradicional, os valores aliados aos costumes, a educação ao respeito, é uma viagem perfeita para esta sintonia maravilhosa do verbo Amar. E amamos tantas pessoas, tantas coisas. É isso mesmo que Joaquim Santos nos mostra, demonstrando... No final deste livro, o autor presenteia os leitores com um conto de Amor, entre dois seres que despidos de interesses secundários, norteiam a sua vida por esse sentimento que os unirá de forma marcante e absolutamente deslumbrante" - Cláudio Ribeiro

Sobre o evento: No âmbito da Agenda Cultural dos Serviços de Documentação do Instituto Politécnico de Leiria para 2010, vai realizar-se o Lançamento do Livro “Ancorar o amor” de Joaquim Santos.
O evento decorrerá, às 21h30 do dia 29 de Outubro 2010, na Biblioteca José Saramago dos Serviços de Documentação do Instituto Politécnico de Leiria, Campus 2 do IPL.

Contactos: Elisa Bento - elisa.bento@ipleiria.pt
Telefone: 244 820 389/ 244 820 313 Ext. 3931
Sítio: www.ipleiria.pt | www.ipleiria.pt/portal/sdoc


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sentimentos como orientação de vida...


Parece que as pessoas e o País mergulharam numa greve. Talvez os sentimentos sejam a maior falta de tanta gente triste, sobre a ameaça da austeridade.
Olho para as pessoas que correm, desatentas, distantes… Ninguém quer saber do seu semelhante. Passo nas ruas e tudo parece ir numa velocidade alucinante, não se sabendo para onde e como vão…
O aperto está aí. Não vai ser bom para ninguém. Nem para ricos, muito menos para os pobres. A insegurança vai aumentar. Empregados e empregadores estão de costas voltadas, congelando sentimentos de Amor.
Tantas vezes tenho referido que é preciso Amor para se viver mais feliz. Mas congela-se o ser e como consequência anula-se o crescimento dos sentimentos. Tenho falado tantas vezes que corro o risco de ser mal interpretado. Em cada ser, desejo vivê-lo, numa entrega de amor, sem contrapartidas.
A redução dos sentimentos está aí. Até pode ser confundida como se de algum atrevimento existisse. Mas não, é necessário que o mundo e as pessoas se entreguem com carinho, com abnegação.
Podemos não ter dinheiro mas com o amor vencemos. Podemos ter mil dúvidas sobre o futuro mas com união caminharemos para o êxito da existência.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Existir é viver


O sucesso só existe quando se vive
Não sei se nesta dimensão ou na outra que desconhecemos
Mas só a vida e com a vida atingimos o pódio
Jamais a morte derrota a vida
Existir é vencer qualquer obstáculo, por mais difícil que possa ser
Nunca duvidei disso, embora me confunda um facto
Especialmente de assimilar que é através da morte que carimbamos o passaporte para a outra vida
Para mim, uma estranha e misteriosa forma de passagem
Tão invisível, oculta e inesperada
Apenas sei que a qualquer momento nos podemos levantar das cinzas
Mesmo depois da chama ardente, aquela que consome os corpos
Mesmo depois da dor de perder, de não ter mais
Podemos ajoelhar, erguer e olhar o céu
Lá em cima estão vocês, vigilantes e operantes
Não vos vejo mas sinto
Não vos toco mas percebo a sensibilidade
Não vos ouço mas percepciono perfeitamente os ecos
A vossa palavra e música entram profundamente dentro de mim
Ohhh Deus e Eduarda de Sempre
O meu milagre perfeito de renascer depois da morte
Todos os dias...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Partir para outra margem


Recomeçar a vida. Por vezes, temos de estabelecer pontes para outras margens e reestruturar modelos, hábitos instalados, assumindo o nosso interior. São decisões nada fáceis. Mas a verdade, por muito que doa, é o caminho dos caminhos, aquele que devemos sempre seguir. Conhecer e compreender melhor o nosso interior e depois agir de acordo com essa realidade, é um desafio nobre mas por vezes tão difícil de materializar.
Não devemos esconder o que queremos. Não devemos evitar com quem queremos partilhar. Eu próprio me incluo nessa lista imensa de pessoas que deixa oportunidades como memórias. Mas, as oportunidades não devem ser memórias mas usufruídas. As oportunidades surgem e podem nunca mais serem encontradas.
Por vezes, para encontrar uma oportunidade temos de partir. Admiro a emigração por esse motivo. Homens que viram fora do País a oportunidade, saindo do seu meio, dos seus. Por vezes para bem longe, para o outro lado do mundo. Simplesmente porque acreditaram, também porque desacreditaram...