COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Para Ti, minha Primavera


Neste mundo povoado de desertores, de tantas vidas envoltas em mistérios, com propósitos tão distantes da verdade, importa também nós continuarmos a nossa jornada numa lógica de aprendizagem de vida. Não sabemos tudo, muito menos somos exemplo a seguir. Nada mais somos que seres humanos com sentimentos partilhados, podendo ouvir as mesmas canções e palavras, experimentando as mesmas alegrias e tristezas.
Nesta madrugada fora, como escritor de sonhos, tantas vezes incompreendido (qualquer escritor de sentimentos o é), continuo a esconder o meu choro e o que mais gostaria que acontecesse no meu futuro. Pessoas existem que comigo partilham instantes, algumas ficam, outras partem. Afinal, não sou diferente dos demais, uma alma achada e perdida que acaba sozinho a contemplar e a contemplar-se.
A minha obra ainda não está acabada. Deus ainda quer que continue a depositar algo de mim neste mundo que parece perdido e os homens desejam que se continue a perder. Assisto à teimosia da prepotência, da austeridade, da elevação dos planos económicos, ultrapassando os sentimentos e o valor da alma.
Hoje ou nunca mais. Muitos sabem que nada têm mas o que realmente tem valor é existir e partilhar os nossos momentos com as pessoas que seleccionamos. É isso que levamos desta vida, os instantes com eles vividos. Tudo o resto fica, é efémero.
E quando até me cruzo com alguém, seja em que patamar ou estágio for desta dádiva que é viver, se não me valorizar ou em mim acreditar, sigo sempre de forma humilde os meus rumos. Aprendo ali, querendo saber o que de melhor de mim ali faltou. O que poderia ter dado? Como poderia ter doado mais e melhor?
A vida é acordar porque daí à viagem do não existir, onde os nossos olhos se fecharão, pode ser num virar de esquina. As pessoas tendem ignorar que não são donos da sua existência. É algo intocável, sem controlo. O poder do homem não chegou aqui, nem chegará.
Dedico este texto à Primavera que já chegou à minha vida.