COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

quinta-feira, 20 de maio de 2010


Não sei explicar porquê mas existem pessoas que entram na nossa vida e com simples gestos nos tocam profundamente. Não precisam de serem amigos de longa data para participarem nos nossos momentos de forma ímpar, sensível e verdadeira. A diferença reside num sorriso, num gesto singelo, num acto despercebido.
Conheci há pouco tempo a Andreia, o Paulo e a sua pequena filha. Por mero acaso, numa rua de Coimbra, entrei na empresa que gerem e a cúmplicidade das conversas nasceu naturalmente. O trio fantástico esteve no lançamento do livro "BemAmor" e daí em diante as conversas fluem, compartilhando sentimentos, num espírito de paz.
Algo me comoveu nesta relação... A minha Eduarda não é esquecida mas é vivida de forma muito carinhosa. Uma velinha acesa, com um olhar para o Céu, é de quando em vez uma prática carinhosa destes meus Amigos. Muito valioso.
Também num gesto simples lhes quero agradecer. Que essas velas que acendem, nos ilumine a todos, numa esperança de luz para Sempre.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A sobreposição


A palavra sobreposição é algo que me assusta, desilude. Vejo este termo empregue, explorado na vida real do dia-a-dia, por vezes, pelas pessoas que julgava próximas, mais amigas ou solidárias.
O que me entristece nessa palavra é o desejo atroz de uns se quererem elevar aos outros. Até entendo que exista essa vontade, esse modo de estar entre rivais ou pessoas distantes do afecto, de projectos não comuns ou de ideologias diferentes.
Quando me cruzo com seres que no dia-a-dia vivem na proximidade, ou pelo menos conhecem a minha/nossa realidade, espanta-me mesmo assim constatar que em determinados momentos se sobrepõem ou pelo menos desejam isso, especialmente nos instantes em que são apreciados pela sociedade que nos circunda.
É exactamente nesses instantes que me desiludo. Nem é bem com as pessoas mas com a realidade atroz da sobreposição, porque uma das lições da vida que aprendemos quando a realidade da morte nos bate à porta, é o facto de pouco sermos ou quão grandes são as nossas limitações como seres humanos.
Depois, com a sobreposição de uns, sabemos que outros ficam na mó de baixo, tristes, enxovalhados ou humilhados. Não deveria ser assim. Talvez exista a oportunidade de ser exactamente nessa altura, naquele momento de alguma fragilidade de alguém que se conhece, que a poderemos ajudar, orientar e erguer. Ao invés, ainda carregam mais no seu ponto frágil, mostrando que se sabe ou se é muito mais que ele… Não entendo mesmo isto, a maldita sobreposição que teima em alastrar-se, numa sociedade cada vez mais desumana e com muitas lições no haver.
A sobreposição poderá existir sempre mas sei que são os que sobrepuseram que mais tarde ou mais cedo tomam consciência que afinal nada ganharam com esse modelo de vida. No final do tempo, dos nossos tempos, só uma coisa se sobrepõe a nós e esse será um momento inevitável. O chão que pisamos sobrepõe-se a toda uma vida humana que deveria ter existido com a noção de que na terra que tantos anos utilizamos deveria ter permanecido apenas um sentimento: Amor.
Esta é a minha parte de utopia porque vejo que cada vez mais o homem se sobrepõe a essa majestoso modelo de vida. E nós, tão pequenos e limitados que somos, só deveríamos deixar sobrepor o amor como único caminho possível na terra que pisamos…