COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O que é grande no pequeno


Minha filha, dizem que somos humanos e que a vida é feita de encontros e desencontros, de ganhos e de perdas, de amores e desamores. Percorro os meus dias, sabendo que dos pequenos nadas podem surgir tantos trilhos que nos preenchem a Alma, nos correspondem àquilo que mais desejamos encontrar.
Dizem que só conhecendo uma pessoa na proximidade do dia-a-dia se pode construir ou apostar em alguém. É verdade que a partilha directa nos pode dar algumas certezas mas também são imensos os casos que vivemos com pessoas no nosso lado e nem por isso deixam de ser revelar pela negativa, mesmo com anos de convivência. A vida é tantas vezes um acaso, é um acreditar, é uma entrega no que se sente, uma espera porque se cria expectativa, é construir mesmo em diferenças que possam existir.
A vida é perceber que do quase nada se pode conhecer uma pessoa, mas que se pode tornar num dos Seres mais importantes do quotidiano existencial. A vida não é mais do que apostar em alguém, na sua esperada verdade, no seu Ser, no seu íntimo. Talvez, na minha forma de aprendiz, com tão pouca experiência de vida, talvez tenha de perceber que também pode nem ser assim. Realmente, para edificarmos algo, não estamos sozinhos. Outros têm de acreditar, também gostarem e apostar nos nossos caminhos. Como é que só um pedreiro pode construir um arranha-céus? Derrotado ficará se não aceitar ajuda, pessoas que com ele queiram partilhar essa construção.
E um prédio pode nascer de um projecto de anos e anos de conhecimento mas também fruto de um pequeno sinal que se teve no coração. No mesmo dia, é esse órgão de sentimentos que nos desvenda que tijolo a tijolo, com quem mais acreditamos, vamos construindo esse arranha-céu que nem por isso deverá ser muito alto para ser grande. Por vezes, esse arranha-céu pode ter apenas um modesto piso, mas ser tão grande na sua consistência de vida.
É preciso perceber que o mundo é feito de arranha-céus pequenos. São os construtores, aqueles que connosco levam os ‘condimentos’, porque também somos para eles uma luz e uma força de edificar, que nos vão fazendo crescer todos os dias. As coisas pequeninas são tão grandes dentro de nós. E eu, cada vez mais vou percebendo isso, linda Eduarda, talvez guardando para mim essa realidade, porque muitas pessoas tendem não entender, muito menos aceitar a nossa pequenez. Mas, ser grande, é sobretudo sentir muito, intensamente, profundamente, mesmo que os outros não codifiquem o nosso estado.
Apenas quero ser grande nos sentimentos, mesmo que sejam vividos entre nós dois, neste meu caminho terreno, até àquele segundo derradeiro que me apagará. Assim sou feliz, estarei feliz, nesta estrada da vida, tão distante mas tão próxima de Ti. A vida anda junto com o Amor mas só alguns o conseguem experimentar. Tantos são os que numa vida inteira apenas ouvem a palavra, nunca chegando a tocar ou vivenciar. E não é preciso muito, nem ser grande. Grande, apenas o sentimento, esse piso que constitui esse arranha-céu que ambos conhecemos…

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O verdadeiro Natal


O Natal é o nascimento de Jesus Cristo, de forma simples, humilde, pobre, pequenino... Não é Natal a corrida para os shopings para comprar presentes, num consumismo desmedido, incontrolável.
Pergunto se alguém nesta época pensa ou associa o Natal à forma como nasceu Jesus Cristo? Penso que me iria surpreender com as respostas que iria obter. Mas o Natal é história, são sentimentos partilhados, entregas incondicionais ao Amor, é esperar muito pelo que até consideramos difícil. O Natal é acordar e valorizar a vida, percebendo que somos um instrumento de Deus e que ao sermos actores neste mundo, devemos actuar para o bem comum, colectivo.
O Natal não é guerra, ódio, injustiça social, desigualdades de oportunidades, pobreza no seu extremo. O Natal deveria ser um mundo mais igual para todos. E nem seria assim tão difícil. Bastaria uma prenda dos mais ricos para com os seus irmãos mais pobres. Dividir parte do seu quinhão...
O Natal é esperança no futuro, esperando que Cristo esteja muito mais nos nossos corações. O Homem sem fé, sem acreditar no supremo Amor de Deus, é um barco completamente à deriva. Mesmo que as embarcações sejam dotadas de todas as tecnologias mas não se movam com o sentido de Deus, perdem-se na imensidão do Oceano. Com Deus conseguimos ser felizes, sem ele, temos a ilusão que o mundo não lhe pertence, mas viveremos sem qualquer pertença e destino possível. Chegaremos a nada, vivendo do nada.