COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Minha filha adorada

No meu imaginário ainda te vejo a correres para mim. Na colagem ao meu corpo, abraçavas-me, dávas aqueles beijos inesquecíveis e olhavas de soslaio. Quando apertava com mais intensidade querias soltar-te, quase a dizer que exagerava na vontade de te ter junto de mim. Era assim que acontecia, lembras-te Eduarda? Queria tanto apertar-te junto do meu corpo que talvez fosse o meu instinto a pressentir um desfecho na Terra.
Sobre a erva verde dos vales, corre a água que desce da montanha, nos riachos povoados de pequenos peixes. O Sol vai alto mas clareia grande parte da planície verdejante, quase parecendo esse paraíso imaginário do Céu. Quero que saibas, onde tu estiveres e com quem estiveres, que te imagino a correres sobre as florzinhas que colhíamos. Aquelas pétalas coloridas, as borboletas a voar e os passarinhos nos seus voos rasantes e livres, são o cenário perfeito do espaço que continuas a ocupar no meu imaginário mas que desejo que o mesmo seja verdadeiro. Quem sabe minha filha? Quem sabe o Céu não seja mesmo esse jardim que costumamos descrever, onde só os bons conseguem desfrutar?
O meu coração bate para existir. Mas bate igualmente por ti. Todo o meu amor e saudade, dão-me uma sensação de frescura, pelas memórias guardadas de simplicidade de vida que conheci em ti. Deus não se esqueceu de ti, não se esquece de nós. Quero acreditar que nos reserva algo de bom, que o melhor ainda estará para vir. Se sou tentado tantas vezes a pensar que não valerá mais a pena esperar seja o que for desta vida, apareces tu, com a tua força e poder, a puxares-me para cima, dizendo em segredo que não me queres assim.
Sabes que ainda sinto o teu toque? Sabes que ainda tenho o teu cheiro? Sabes que ainda ouço a tua voz estridente? Sabes que ainda recebo as lufadas do teu amor? Sabes que ainda brinco como o fazíamos nos nossos cantos e recantos?
De cabeça para baixo, olho o chão que pisamos e sinto-me deslocado. Por vezes, sinto-me amparado, alguém me levanta e faz com que ouça as suas vozes a dizerem: a força do infinito e tudo o que te espera é muito superior a toda a relatividade da vida na terra. A verdadeira existência espera-te na luz das estrelas e no brilho de toda a sua magia. É neste momento que me sinto perto e cúmplice de Deus e de Ti, minha querida filha Eduarda. Ambos, levantam a minha cabeça, fazendo que olhe toda a beleza do Céu, esquecendo as pedras do caminho, de um chão cheio de abismos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Querida filha Eduarda






O mundo e a vida foram feitos com um fim. Esse terminar de ciclos, de vivências, trazem a cada um de nós experiências que vão construindo todo o nosso ser. Cruzamo-nos com pessoas que vão dando colorido ao nosso mundo, à consciência que temos, de modo a obter objectivos maiores…
A tua singularidade traz até mim a essência do bem. Procuro-te em todo o lado, em cada canto e recanto, em cada rosto que me cruzo. A seiva desse tronco que estrutura cada existir mostra-me em cada passo que dou a revelação da existência de seres que nos vão dando ânimo, outras esperanças…
Que Deus me elucide em cada dia que me resta a distinguir todos os momentos e a seleccionar todas as pessoas que comungam estes instantes. A tua cor-de-rosa é uma imagem que me inspira. Queria que me ajudasses a continuar a ser a soma do teu orgulho. Jamais te queria decepcionar. Dá-me a luz dos teus dias, aquela que alumia a todas as horas. Permite que quem privilegie nos meus dias, seja para mim e para todos, uma pura mensagem da esperança de sempre.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O espaço de debate da Rádio Antena Livre de Gouveia.
Semanalmente, convidados em estúdio debatem grandes temas da actualidade com a participação do público em antena aberta.
Todas as sextas feiras às 21 horas, com reposição aos sábados.

O tema do primeiro programa, no passado dia 26 de Junho, "O luto dos pais que perdem os filhos". Joaquim Santos, jornalista que passou pelo drama de perder a sua filha, e
e autor do livro "Estrelas que Voam para os Céus" esteve em estúdio assim como a Psicóloga Susana Amaral, e o Padre Brito.

http://antenalivredegouveia.blogspot.com/