segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Dói a insensibilidade
Custa tanto perceber a insensibilidade. Dói saber que existem pessoas que esquecem rápido o sofrimento dos outros, quase ocultando ou passando por cima de factos que experimentados, jamais se podem esquecer ou viver fingindo que não existem.
A morte dói. Uma dor intensa, permanente, que nos consome. Vamos aprendendo a viver com tão dura realidade mas também a conhecer e a eleger pessoas. A partida de alguém que amamos pode também ser ‘passaporte’ para sabermos quem realmente temos. Umas pessoas tornam-se em desilusão e outras são o garante dos nossos dias, a companhia e segurança, a esperança total onde nos agarramos.
A minha família foram a minha força, o meu porto de abrigo. A todos agradeço a sua existência. Sem família somos um barco à deriva, sem local de refúgio.
Se dói o sofrimento de perder alguém que amamos, dói igualmente perceber o distanciamento de todos aqueles que acham que este é um sofrimento a evitar. A evitar? Quem consegue evitar? Como evitar? Estas e outras perguntas, constituem realidades que muitos não querem pensar e assumir que a todos pode bater à porta o inesperado. É este imprevisto que nos trás as coisas boas mas também os maiores dos desafios, tão difíceis de aceitar. Ainda recentemente, no terrível acidente de viação em cadeia na A25, uma jovem de 21 anos de Leiria veio a falecer. Os seus pais sofrem o imprevisto. Estes e tantos pais que sofrem a ausência que surge sem avisar… E quem aparece para minimizar efeitos, chorar connosco esta dor? Não apenas no dia e nas semanas seguintes ao funeral mas… SEMPRE.
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4 comentários:
Tens razão, a perda de alguém importante cria um sofrimento que nunca desaparece, só se intensifica com o tempo que passa...
E a pior parte: por mais que tentemos, com o passar dos anos, começamos a esquecer-lhes o olhar, a voz, o riso...
Não percas a força, ela está junto a ti mesmo quando não a consegues ver, e ficaria triste em ver o teu sofrimento, pois sabe o quanto a amas.
Você está mais do que certo, amigo.
"A todos pode bater à porta o inesperado..."
Que bom que você tem uma família maravilhosa que te ampara e que é o teu porto seguro.
Espero que você e Cristina estejam bem de saúde.
Beijo grande, e fiquem com Deus.
Cid@
È Joaquim
Você tem razão e infelizmente muitos ainda negam o fato de que o imprevisto pode a qualquer momento bater a nossa porta. Não só com a morte mas também com a doença que não cura mas que consome muitos na dor e sofrimento. Vivencio essa dor todos so dias no meu trabalho que sempre me alicerça em reflexões que me ajudam a compreender mais e viver mais intensamente a vida. Temo por aqueles que tanto amo mas há copisas que não temos como evitar, e as pessoas, na sua maioria, continuam achando que o mais importante é ter e compartilhar já não faz mais parte deseu dia-a-dia. Continue forte e não tenha dúvida que as lembranças são tesouros bem guardados no baú de nossa memória e nem o tempo conseguirá apagá-las. Fiquem com Deus abraços em vc e na Cristina
Néia
Parabéns pela vossa força, pela linda estrelinha que vos guia a cada passo que dão! ela é uma estrela e estará convosco para todo o sempre... iluminar-vos-a sempre que a luz de cada um de vos nao chegue para chegar ao destino... FORÇA... UM ABRAÇO
AP
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