terça-feira, 10 de agosto de 2010
Onde é o céu?
Não sei explicar muito bem porquê mas tenho tanto receio da racionalidade. Pensando nela, vem ao meu pensamento o facto de que muitas coisas parecer não fazerem sentido... Por vezes, é bom distanciarmo-nos do que aparentemente nos surge como se fosse óbvio ou o mais lógico. Refiro-me às questões da espiritualidade, da fé, de Deus. Se por um lado coloco a dimensão espiritual e a esperança de num dia podermos ter o prémio consagrado, numa outra perspectiva real, terrena, não consegui ainda obter uma pista fiável deste caminho que acreditamos e queremos trilhar.
Deus talvez não seja o que os homens convencionaram. Talvez não seja como o retratam nos livros de séculos e séculos. Quem foi este Deus dos primeiros tempos do mundo? Por onde começou? O que quer de nós? Que projecto tem para todos os seres? Que tem uma abelha ou uma libelinha de diferente do ser humano, ao não serem premiados como nós, com o tão desejado Céu, num reencontro espiritual?
Confesso que estas e outras perguntas me tocam tanto. Mesmo assim, entre ter e não ter fé, prefiro esperar pelo anunciado. Afinal, os sentimentos, o bem e mal, o sentido ordeiro, o amor e ódio, paz e guerra, justiça e injustiça, são um conjunto de circunstâncias da vida que me convidam à introspecção.
Por um lado, algumas pessoas dizem que aqui é um verdadeiro inferno, esperando pelo céu. Mas, quero acreditar nesse céu, mesmo que o tenhamos de viver aqui. E eu, afinal, já conheci parte desse céu ao viver contigo, lado-a-lado, linda Eduarda de Sempre. Então, espero que o céu seja aqui e aí, onde já estás, onde estaremos todos um dia.
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