segunda-feira, 12 de outubro de 2009
As borboletas voam
Por entre os prados verdejantes vejo e contemplo as borboletas coloridas a voarem em gestos lindos, com ondulações e um bater de asas maravilhoso. Querida filha, as borboletas são silenciosas mas dizem tanto nesse voo que tanto admiras. Passei a adorar borboletas desde o dia que percebi que elas pertenciam ao teu mundo. A sua pequenez diz-me tanto que nem mesmo a fineza dos seus tecidos se "perde" nas alturas dos seus voos. Toda a borboleta tem um significado especial, não só pela sua beleza ímpar mas especialmente pela sua inocência e paz que transmite. As borboletas vivem em paz e não lutam entre si. Apenas voam, voam e voam...
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3 comentários:
Hoje no Brasil, comemoramos ao mesmo tempo o dia da nossa padroeira: "Nossa Senhora Aparecida", e o dia das crianças. Fiquei com vontade de vir aqui te contar isso, pois com toda certeza sua criança linda está lá no céu juntinho à Nossa Senhora.
Houve um brasileiro (Vinícius de Moraes), que disse em certa ocasião: "Com as lágrimas do tempo e a cal do meu dia, eu fiz o cimento da minha poesia". Joaquim, que você também, possa através das suas lágrimas e do seu amor, criar uma poesia de vida, na qual você possa ter mais paz, tranquilidade e possa sempre voar, nem que seja em sonhos, junto às borboletas.
Te desejo tudo de bom.
Fique com Deus.
Cid@
é isso amigo...
As borboletas apenas voam ao lado umdas das outros sorrindo....
Bjinho
Elsa
Ouvi falar no seu Blog na Antena 1 e fiquei comovida com as suas palavras. Referia-se o locutor - e com uma ternura imensa leu as suas palavras - sobre o dia em que choveu em Leiria.
A chuva assume um significado especial para os pais e mães cujos filhos partiram. Contudo, o que chamou mais a minha atenção foi o nome do seu blogue. Por altura em que a minha filha partiu, alguém enviou uma msg ao pai dizendo: a partir desta noite há mais uma estrela no céu.
A vida nunca mais é a mesma. Já sabemos. O abalo sísmico desta perda é demasiado forte para o nosso aparelho psiquico e, por vezes, sentimos que esta dor é insuportável. Depois, as coisas, desde as mais importantes às menos importantes, volatilizam-se; um buraco negro abre-se dentro do nosso peito e dele emerge uma luz simultaneamente silenciosa e gritante que se vai pacificando, apaziguando, mas que nunca se apaga. Com ela, aprendemos a viver a vida com outro olhar.
Ainda não descobri se aprendi a viver com a dor, se a reprimi, se simplesmente a apaziguei ajudando outros a suavizarem as suas dores. De lá para cá, tornei-me psicoterapeuta em relação de ajuda, continuando freneticamente os meus estudos, e com isso tenho podido ajudar algumas pessoas que vivem com a dor do luto.
Gostava de dizer-lhe o quanto o seu blogue me tocou e o quanto as suas palavras transmitem luz. Espero que a partilha da dor constitua um paliativo na sua vida como tem sido na minha.
Um Abraço.
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