COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Eduarda, a cintilante...


Descrever a Eduarda com as palavras, frases e as formas possíveis...

Se palavras houvessem que pudessem descrever o que foi e o que representou a Eduarda, com certeza que extravasavam todos os limites das mais belas criações literárias. A descrição pura mas simples de uma menina que viveu quase seis anos no mundo, só é possível fazê-la com algumas somas de precisão, com resquícios de fragmentos de uma existência bela entre as mais belas.
Não há em número suficiente, as formas de descrever com perfeição a Eduarda. Vai muito além das palavras, frases, obras de arte, fotografias ou outras formas de testemunho. O sentir é um dos deixados mais lindos daquela menina. É justamente através dele, que encontramos a forma mais perfeita de a descrever.
A Eduarda de Sempre lançava para o mundo sorrisos. Comungava e dividia felicidade. Procurava adoptar e agregar as suas brincadeiras com os outros. Dava toques ilimitados de uma representação de qualidade na dança, conjugando a música como um vigor forte da sua imponente expressão corporal. De tudo gostava de ouvir e dançar: ballet, música latina, música oriental, pop, estando actualizada nos seus gostos com os últimos sucessos da Madonna, Black Eyd Peace ou a Melanie C.
Mas os seus toques e mensagens permanentes de amor foi o destaque de uma Eduarda que teve um objectivo definido e que o conseguiu cumprir como poucos se podem orgulhar. Talvez como Cristo, os seus apóstolos e muitos outros Santos que ficaram registados no mundo, com o que de muito bom propagaram na Terra, também a minha filha registou os seus propósitos nos muitos corações de pessoas apaixonadas que com ela brincaram, saltaram, riram, dançaram, estudaram, passearam… Este foi o mais importante assento desta menina. Mas não é só nos corações dos muitos amiguinhos que ela vai ficar. Orgulhosamente ficará nos anais da história, com estes Cadernos Eduarda. Esta colecção é um testemunho vivo da exponencial vida desta menina querida. Este caderno número três é a continuidade do pouco que consigo expressar para o muito que a Eduarda fez nesta vida. Vou bradar aos Céus, gritar para sempre ao mundo, agradecendo a Deus por toda esta verdadeira maravilha. Bem sei que todas as crianças são especiais e que apesar de tudo posso ser conduzido pelo sentimento paternal e também por ter visto partir uma filha. Tenho o discernimento suficiente para o reconhecer. No entanto, fui observador atento da sua conduta e se já me interrogava, hoje continuo a ter muito mais esse sentimento. Que menina foi aquela, que tinha atitudes consideradas em estar com os mais pobres, com as meninas e os meninos sem descriminações, que defendia acerrimamente a paz em geral, quer entre os mais crescidos ou os mais pequenitos e fazia da brincadeira como a solução de tranquilizante extraordinário para espalhar nobreza de carácter.
Vivo e viverei sobre a estampa especial da Eduarda. Que o Universo saiba que a menina popular mas tão majestosa nos seus actos, deixa uma missiva para os séculos dos séculos. Delega uma aprendizagem em que os humanos do futuro devem assumir se querem viver felizes e livres: Amor. Este sentimento tão desejado é o único caminho que pode conduzir para se obter uma vida com mais sentido, mesmo sabendo que a missão da existência está sempre por cumprir. Aguardo, espero que todos nos tornemos compatíveis neste processo de transformação que tanto necessitamos para crescer e coabitar neste Universo. O amor não custa dinheiro, não pode ser negociado, não está sujeito a aprovações de leis, não é regulamentado, não tem estatutos e muito menos poderá ser trespassado quando e como se quiser. O amor nasce e desenvolve-se quando nós conseguimos viver com verdade e entrega. Nós adultos não conseguimos viver desta forma com guerra, injustiça, fome e perseguições. A Eduarda de Sempre demonstrou um ciclo de vida fascinante, colocado entre o mais alto dos pedestais. Tudo se resumiu à apreciável palavra que teimosamente nos deixou como tesouro: Amor. Com este valor vimos que o mundo é feito de todos e para todos. As crianças são a sede do amor, a morada da sua contemplação e a certeza de que o recebemos de forma pura. O compromisso selado com a minha filha é de testemunhar pela vida fora todo o Amor que me deixou. Irei pelos milhões de caminhos da terra para pintar este cenário do sentimento que é a chave e solução da salvação da humanidade. Este é o sentido claro do meu ciclo, do meu trilho a seguir. Para sempre.

Joaquim Santos

3 comentários:

Elsa disse...

Hoje entrei neste blog como simples leitora, como poucas vezes o fiz... coloquei os phones e fiquei assim a ouvir esta música, a ver este sorriso, deverás contagiante!
É impossível ficar indiferente...
Eu imagino que seja quase sempre impossível, mas já que a tua menina tinha um sorriso tão lindo, não deixes nunca de sorrir para ela!..

Tua sempre amiga!

A turma do 4º C da EB1/JI Quinta do Campo disse...

Não será por acaso, que hoje, dia da mãe, encontrei este blog.
È preciso muita força e coragem, para sobreviver e manter uma mente aberta para os outros. Força e coragem para enfrentar tanta dor. Também perdi um filho, com 18 anos, em 2001.Gostaria de ter a sua coragem...
Obrigado, pelas mensagens. Bina Moura

Anónimo disse...

no dia qinze deste mes perdi o meu pequeno diogo e nao consigo encarar o mundo nem pensar na minha vida sem ele todos os dias vou a campa dele e nao acredito que e ele que esta la mesmo apos sua morte tive o todos os dias em meu colo o vazio que sinto e asaudade tiram me a vontade de viver