COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

segunda-feira, 19 de março de 2012

Um Pai sem dia...


Hoje é dia do Pai. Já faz tempo que não partilho algo com os leitores deste blogue. Na verdade, nem sempre me sinto na disposição de partilha, de entregar ‘pedaços’ ou ‘retalhos’ da minha vida. O que vos garanto é que quando o faço é com a máxima verdade possível e também porque sinto que é esse o exacto momento de publicar o que me vai no sentimento.
No próximo mês de Maio vai fazer 6 anos que a Eduarda partiu para o mundo do brilho das estrelas. Seis anos perfazem mais tempo do que a minha filha viveu, porque naquele ano de 2006 a Eduardinha iria perfazer meia dúzia de aninhos pertinho de mim.
Nunca liguei a datas, especialmente estes dias apelidados do Pai, meras intervenções consumistas. Existem dias quase para tudo, apenas para se negociar e explorar a vertente consumista que desencadeia o mercantilismo que substitui o lado sentimental. Mas, se valorizo esse lado humano do sentimento, este e outros dias do Pai levam forçosamente a recordar uma menina que nunca deixou de partilhar tantos momentos comigo, o seu “papá”.
Queria tanto que neste dia do Pai estivesse comigo, naquele jardim de baloiços, das flores do campo, do verde da natureza que tanto amávamos. Essa seria a minha prenda, das poucas que me confortaria aqui. Mas, na minha memória de vida, transportarei todos esses momentos, divididos e transmitidos, saboreados e deliciados.
Neste dia do Pai não tenho dia. Tenho e somo dias, de amor, de saudade, de fé no reencontro, de que tudo ainda podemos fazer para acontecer. E Tu Eduarda, deixas-te aqui um semblante belo. Sou um pai sem dia. Tenho sim todos os dias da minha vida onde estás comigo, até ao infinito da nossa existência, na Terra e nesse lado que um dia quando chegar me irás contar como é…
Neste dia do Pai, permite que seja eu a evocar-te daqui. A prenda? Sim, essa é das melhores que se pode ter e não custa nem dinheiro, muito menos qualquer esforço. Chama-se Amor.

4 comentários:

Ana disse...

Simplesmente lindo Primo

cakamei disse...

Joaquim
Olá
Como é lindo tudo que escreves e com certeza a essência e a verdade são ingredientes de seus escritos fortemente presentes. Não tem como me emocionar. A força que vc e a Cristina possuem para viver e enfrentar essa ausência é um alimento que me abastece quando compartilhadas . Muito obrigada e twenho certeza que a Eduarda deve ( de onde ela se encontra) se orgulhar e amar cada vez mais os pais que tem. Isso é unico e rico e jamis loja alguma conseguirá tão precioso presente para lucrar .. abraços

Anónimo disse...

Joaquim,

é nestes momentos que me sinto pequenina ... apesar de conseguirmos tanto, aquilo que mais desejamos não está ao nosso alcance!!!!!!
o teu desejo parece a coisa mais simples do mundo e nada nem ninguém ....

A dor da ausência desse abraço... nada nem ninguém pode apagar.

p.s. (Acho que te troquei o nome no comment anterior)

bjos .. estarei sempre por aqui

Elsa

Anónimo disse...

....neste dia não tenho dia...!!!!nunca liguei a datas!!!!todos neste mundo ligamos a datas, apesar de ficar bem dizer que não se liga...mas se há mais filhos como dizer"nao tenho dia". Há pais a sofrer muito, aqueles que perderam e não possuem mais filhos....mas esses não aparecem"