COMO A PRÓPRIA EDUARDA DIZIA "MÃE TU ÉS A MINHA ESTRELA CINTILANTE"
AGORA PASSOU A SER A EDUARDINHA, A ESTRELA CINTILANTE QUE BRILHA BEM DO ALTO DOS CÉUS

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mudar...

Todos temos em nós uma fenda, um canal possível de mudança. E não existe tempo para o fazer, da mínima alteração à mais profunda mutação. Querer mudar e efectuar alterações ao curso de vida não é sinónimo de fraqueza ou de fracasso de qualquer projecto pessoal. O mal é quando não queremos mudar, quando nos acomodamos. Pior ainda quando o não fazemos apenas porque nos dá jeito ou porque tememos a sociedade. Não vivemos pela sociedade mas com a sociedade. E a mudança em nós pode ir mudando igualmente a sociedade, todos nós, afinal! Neste mês de Dezembro, caminharemos sempre sobre a auto-estrada da mudança, mesmo que a mesma estreita como uma fenda apertada. Mudar é reconstruir ou construir. Não mudar é parar ou ir acabando a cada dia que passa. Eu, ao longo dos anos, fui mudando e adaptando-me às mudanças que o mundo me trouxe. Algumas dessas mudanças foram bem difíceis. Boas Festas a todos, de sempre e para sempre.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A vida não é nossa. De quem é?

Por esta madrugada fora, aqui estou a caminhar entre letras somadas, transformadas em frases que traduzem o que sinto exactamente neste momento. Num mundo perdido e que se perde cada vez mais, pergunto de quem é esta vida se a não dominamos, também é efémera e sem controlo no seu tempo. Vejo por aí tanta alma que julga comandar os destinos dos outros, convencidos que têm e são mais que os seus semelhantes. Na verdade, a vida não é minha, ninguém tem a vida como sua propriedade. Nem mesmo os que representam Deus neste espaço terreno são merecedores de tamanho dom. Mesmo que sejamos resgatados, o certo é que a vida reside no vazio das incertezas. O conhecimento apresenta-se com um absoluto desconhecimento sobre este assunto. A vida existe. Disso não tenho dúvidas. Mas ela vai, parte, solta-se daqui. Para onde vai? Irá com quem? Acabará? Bem sei que muitas religiões, incluíndo a minha (católica) apontam a continuidade como futuro no próximo estágio que supostamente encontrará. Mas, se acabar? Ambos os campos são replectos de gente que não aponta certezas científicas que comprovem as suas teorias. Mas uma coisa assumo como certeza. A vida dos que amamos existirá sempre, enquanto por aqui andarmos. Então, minha filha Eduardinha, viverás sempre.

domingo, 4 de novembro de 2012

CONVITE

Meus Amigos, mais um livrinho que vou legar ao mundo. Convido todos a partilharem comigo este momento, no próximo Domingo, 11 de Novembro, 16h00, na Casa Museu João Soares. O livro chama-se IMAGENS COM FOCO - A Cidade e a Aldeia, conta com ilustrações de António Sá Pessoa e de Licínio Florêncio. Apareçam. Será uma honra. Joaquim

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pensamento cruzado...

Estou cada vez mais apaixonado pela vida em Si, pelos Amigos que acolho no meu coração, pelas pessoas especiais que vão comigo na luz do dia ou no luar da noite... Se pudessemos ser todos felizes e termos o luar! Ai ai, da janela da minha casa de Colmeias, faço uma pausa entre a escrita e um copo de leite e agarro a mão do destino. Esta e todas as noites é importante agarrar a mão dos que queremos nos nossos trilhos. Gosto e quero partilhar esta canção: http://www.youtube.com/watch?v=Ypiqca5GleI

sábado, 6 de outubro de 2012

Partido do Povo...

Estive nesta madrugada a escrever e a idealizar projectos. E até digo para mim mesmo, Joaquim não devemos falar por falar, criticar de forma ligeira. Tento ter sempre essa postura... Não querendo ter apenas um sentido crítico, procuro as razões que me possam levar a dizer bem destes governantes do meu orgulhoso País. Quem consegue? Só mesmo os que na proximidade bebem ou comem destes governantes sem estilo e sem sentido de Estado conseguirão dizer bem de uma turma que só olha para Si, para dentro... Sinceramente que ando a pensar fundar uma corrente que fale, reflicta e aponte algumas ideias para estes governantes em desnorte. Ontem, ao ver uma senhora entrar desesperada nas cerimónias que assinalam a implantação da República em Portugal, senti revolta interior porque ninguém merece passar por situação tão humilhante. Enquanto uns estavam vestidinhos a rigor, conduzidos por bons carros, motoristas sempre à disposição, refeições e combustíveis sem conta e medida, tudo pago pelo povo... os restantes (maioria) quase morrem à mingua, na penúria e tristeza. Que sensibilidade existe, como podemos validar um modelo desta natureza? Aquela e outras mulheres, muitos dos cidadãos portugueses, passam por dias que separam as elites dos demais cidadãos. Seria importante fundar um partido político, formado por gente do povo, aqueles que sentem na pele estas agruras, sem dó nem piedade por governantes frios e distantes da realidade. A verdadeira austeridade deveria ser para eles, gastadores supérfluos. Afinal, quem consumiu, quem comprou ou mandou executar? Quem delapidou o Estado? Foi o povo, foram os cidadãos? Onde está o dinheiro? Quem autorizou? Quem deveria supervisionar? Os fluxos financeiros, com sistemas informáticos super eficazes, porque não são localizados quanto às titularidades duvidosas? Qual o governante ou entidade da justiça que tenha o atrevimento de nos salvar? Cada vez menos acredito neste País, cercado por minorias que provocam uma separação dos portugueses, não alargam concensos e não são justos nas medidas tomadas. Que se forme o Partido do Povo, com todos aqueles que saibam verdadeiramente a realidade da vida. Aqui fica uma ideia legítima de um cidadão que ama o seu País. Não quero sair daqui, só se me retirarem à força. E isso acontece a cada dia que passa. E se um dia fôr não é por razões económicas mas é porque já não acreditarei nisto. Mas não desistirei, por enquanto... Aqui fica uma canção para reflectir: http://www.youtube.com/watch?v=hfKU5pA-CRI

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Agradecer o coração bom e o interesse por este blogue

Recentemente fui surpreendido por uma pessoa que não conhecia. Numa recente deslocação a uma unidade hospitalar de Leiria, uma enfermeira identificou este blogue que homenageia a Eduarda de Sempre e assumiu que era seguidora das suas actualizações. Por vezes, volvidos alguns anos desde a sua construção e publicação on-line, temos momentos que julgamos nem fazer sentido publicar, ou pura e simplesmente nem sentimos o estímulo para o fazer. Mas, são estas pessoas que de forma anónima, conseguem dar continuidade e alma a este pequeno alojamento web, que evoca uma menina que prematuramente partiu para o outro lado da existência. Quero agradecer a essa enfermeira, assim como a todos os milhares de pessoas (sim, são milhares de visitantes) que de quando em vez vão dar uma espreitadela pelo espaço Eduarda. Este cantinho, entre milhões existentes na web, apenas pretende partilhar um conjunto vasto de sentimentos, também de expressar o valor e o muito que a Eduarda nos transmitiu na sua curtinha vida neste mundo. Vem aí o mês de Setembro, o período do regresso às aulas de muitas crianças. Ontem, num casamento de uma pessoa de família, vi a Mariana, uma prima da Eduarda, da mesma geração. Tem 12 anos, uma menina quase mulher, justamente como seria a Eduardinha. Fico orgulhoso de ver a Mariana crescer e ser feliz mas... adoraria vivenciar essa mesma experiência com a Eduardinha, uma menina que tanto adorava viver. O mundo é complexo e continua a sê-lo. Por vezes, não conseguimos encontrar lógica a esta vida que nos retira tanto. Espero que um dia venha a perceber toda esta complexidade desta vida atribulada, de entender porque uns vão daqui com 1 ano, outros com 5 anos, outros com 50 anos e outros ainda com 100 anos. Aparentemente isto não faz sentido. Mas, de forma humilde, continuarei à espera das respostas que certamente não chegarão nesta vida terrena. Por mais que as procure não acho, não acharei...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pensamento cruzado com o meu... dedicado a todas as crianças!

“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”. (Antoine de Saint-Exupery).

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Será a Liberdade ou libertinagem de Abril?

Sempre duvidei dos valores absolutos de Abril. No meu entender, depois de um período com defeitos mas também com algumas virtudes do tempo histórico chamado ESTADO NOVO, muitos foram os portugueses que aproveitaram os supostos valores de 25 de Abril de 1974, invocando nos seus discursos a democracia e liberdade, mas não passaram de apenas palavras bem soletradas com pompa e circunstância... Foram e são muitos os Governantes deste País que deveriam ter sido justos nas suas decisões e nas suas atitudes que se queriam com equidade para os seus cidadãos. Mas decidiram não partilhar os seus quinhões, extraíndo do erário público bens/valores que não lhes pertenciam. Também quero frisar que vivemos num tempo de ditadura a vários níveis, camuflada pelos princípios do 25 de Abril com os seus cravos já murchos da sua essência. A genese desse 25 de Abril está colocada em causa e hoje, tal como muitos cidadãos se referem a Salazar como ditador, que dizer destes governantes que com carros topo de gama, usam e abusam sem serem exemplo, aumentando a despesa pública, arrecadando de forma arbitrária mais impostos e eliminando direitos sociais que no tempo desse vulgo ditador do ESTADO NOVO foram conquistados, ou então depois de Abril (alguns). Fico triste com tudo o que se passa em Portugal, especialmente pelas gerações mais novas que não vão poder contar com emprego certo, não poderão constituir a sua família e talvez nem poderão ter a sua casa própria. E ainda dizem que para solucionar a falta de dinheiro da Segurança Social para as reformas futuras, todos deveremos poupar dinheiro para prevenir os tempos vindouros. Pergunto, como e quando se consegue poupar com o desemprego a aumentar de forma abrupta? Não foi este o País que conheci um dia. Posso fazer alguma coisa por Ele, todos podemos. Mas, quando a classe política nos continua a dizer, de forma impiedosa, FAÇAM O QUE VOS MANDO MAS NÃO FAÇAM O QUE NÓS FAZEMOS, gastando e gastando, coloco em causa toda a solidez deste pequeno pedaço de terra no extremo sul da Europa. Portugal já não é mais um País. É uma troca profunda, dominado por uma Troika que não troca os seus interesses de recebimento de elevados juros e de ricas vidas dos seus pares e enviados especiais. Abril não é mês nenhum, 25 não é número de dia algum, se todos os dias do ano não forem de iguais oportunidades para o Povo Português. Gostaria sinceramente que todos pensassem nisto e juntos pudessemos reinvindicar que ainda é tempo de evitar um qualquer dia do futuro, em que novos capitães, de forma heróica, CONQUISTEM NOVAMENTE PORTUGAL DOS SAQUES E DAS INJUSTIÇAS.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Dizer ao mundo o que és


Uma recente amiguinha do Papá, que te conheceu há pouco tempo, disse em jeito de confidência, que deveria fazer conhecer ou difundir ainda mais o que faço para dar a conhecer a linda mensagem que nos legaste. Quando a Inês me comentou que gostaria que o que faço chegue ainda a mais pessoas, confesso que fiquei algo perplexo...
Afinal, tive medo dos protagonismos que sempre quis evitar, das vaidades que nos ficam sempre tão mal ou até mesmo da presunção (conheço algumas pessoas assim e não gosto mesmo nada). Mas, reflecti sobre o teor da mensagem e sobre esse desejo puro, de alguém que te foi conhecer um pouco mais através de mim, daquilo que escrevo.
Eduarda, talvez até nem aceite esse desafio da Inês, porque quero estar no meu cantinho, assistir de forma calma e ternurenta ao teu mundo de fadas e princesas que me transmitiste. O meu sonho é o teu mundo e o meu mundo são os teus sonhos. O que sou de melhor a ti te devo e quero ser ainda mais perfeito neste mundo, indo buscar aos teus gestos, aos teus olhares, ao que falaste, a tudo o que me ensinaste, para percorrer esse caminho de ser bom.
Não conseguiria ser o que sou sem que um dia tivesses estado na minha vida. E é esse motivo que me orienta, tudo o que colhi do teu coração, que me inspira e dá força para ir espalhando neste blogue, nos livros que te dediquei ou noutras homenagens que te prestei outrora. Penso que já fiz o que devia para o mundo te conhecer, na esperança de que todos os que 'bebam' da tua mensagem consigam transformar tudo para melhor. Não sei como e também não consigo chegar mais à frente para que o alcance ainda seja maior. Até confesso que gostaria de um dia ver um filme a ti dedicado ou um dos teus livros difundidos pelo planeta, mas não passa de um sonho.
Embora escritor, o Papá não passa de um carpinteiro aprendiz das letrinhas. Falta muito para chegar à mestria das construções de frases dos muitos mestres que habitam o mundo. Mas, de uma coisa garanto. A minha escrita nasce de um dos sentimentos mais profundos desde que me conheço, de uma poderosa ligação entre Pai e Filha e entre Filha e Pai. Essa minha escrita não esconde o que se passa dentro das nossas portas e janelas, soltando-se por esse infinito e desconhecido mundo de Seres Humanos, envolto em oceanos de países. Não sei onde consigo chegar e como alcançar ainda mais pessoas para contar a importância da tua existência aqui na Terra. Não importa. Nem que seja uma única pessoa que trave conhecimento com aquilo que foste, tal como a Inês... e para mim já foi importante. Não importa tanto a quantidade mas antes a qualidade de pessoas que estão connosco.
Por isso, Inês, agradeço de coração de família.

domingo, 8 de abril de 2012

João Brilhante precisa de ajuda: dar brilho à vida de um menino


Este blogue serve para homenagem à minha filha Eduarda mas também serve de instrumento para ajudar em causas...

É muito real a forma como Elsa Brilhante, mãe do menino João Brilhante, resume o que é a vida, num simples texto que publicou no facebook, no alojamento electrónico que procura sensibilizar pessoas para ajudar na angariação de fundos que ajudem nos tratamentos que o seu filho precisa para combater a doença que padede. "É engraçado como num estalar de dedos a vida muda,e foge-nos o chão debaixo dos pés,temos de aprender a viver de uma maneira muito especial. Foi assim quando diagnosticaram uma polimicrogiria ao João, tinha ele nessa altura 2 meses. Palavra pomposa para nos dizerem que não é mais do que uma malformação cerebral, que no caso do João afectou não só a parte cognitiva como motora. Chorei de raiva,tristeza e revolta contra tudo e todos,mais tarde percebi que todo este processo de sofrimento faz parte de uma evolução enquanto mãe de um ser tão especial.", confidencia Elsa Brilhante, uma mãe que faz de tudo para resolver este problema.
Para se ter a noção do estado actual do João Brilhante que soma agora 17 meses de vida, "ainda não segura completamente a cabeça, não se senta, não agarra objectos e não fala.", relata a mãe angustiada. A progenitora do pequeno João entende que é agora que deve agir e reagir, fazendo o que pode para que mais tarde não olhe para trás e lamente o que poderia ter feito. E assume na primeira pessoa que "pedir ajuda às pessoas que conheço e aquelas que ainda não conheço, porque por um filho perde-se a vergonha e ganha-se coragem.", relata angustiada.
O João Brilhante terá de enfrentar uma realidade incontornável porque até aos "4/5 anos de idade o cérebro está em maturação,e embora exista uma malformação cerebral podemos estimulá-lo a aprender movimentos e a repeti-los.". Cuba parace ser o destino da esperança para a melhoria do João, através do Ciren, numa espectativa da sua evolução com fisioterapeutas persistentes que trabalham com os pacientes sete horas por dia.". Elsa Brilhante sonha que o filho ande com os seus próprios pés e não tenha como destino provável, se nada for feito, andar em cadeira de rodas.
Quem quiser ajudar o João Brilhante o nib é 0036 0267 99100031728 71, conta do Montepio Geral. Quem sabe a vida deste menino, com o pouco de cada um, não ganhe o tão desejado brilho do andar?

terça-feira, 27 de março de 2012

O que mais te surpreende na humanidade?


Dalai Lama respondeu:
"Os homens... porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem presente nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer...
...e morrem como se nunca tivessem vivido."

segunda-feira, 19 de março de 2012

Um Pai sem dia...


Hoje é dia do Pai. Já faz tempo que não partilho algo com os leitores deste blogue. Na verdade, nem sempre me sinto na disposição de partilha, de entregar ‘pedaços’ ou ‘retalhos’ da minha vida. O que vos garanto é que quando o faço é com a máxima verdade possível e também porque sinto que é esse o exacto momento de publicar o que me vai no sentimento.
No próximo mês de Maio vai fazer 6 anos que a Eduarda partiu para o mundo do brilho das estrelas. Seis anos perfazem mais tempo do que a minha filha viveu, porque naquele ano de 2006 a Eduardinha iria perfazer meia dúzia de aninhos pertinho de mim.
Nunca liguei a datas, especialmente estes dias apelidados do Pai, meras intervenções consumistas. Existem dias quase para tudo, apenas para se negociar e explorar a vertente consumista que desencadeia o mercantilismo que substitui o lado sentimental. Mas, se valorizo esse lado humano do sentimento, este e outros dias do Pai levam forçosamente a recordar uma menina que nunca deixou de partilhar tantos momentos comigo, o seu “papá”.
Queria tanto que neste dia do Pai estivesse comigo, naquele jardim de baloiços, das flores do campo, do verde da natureza que tanto amávamos. Essa seria a minha prenda, das poucas que me confortaria aqui. Mas, na minha memória de vida, transportarei todos esses momentos, divididos e transmitidos, saboreados e deliciados.
Neste dia do Pai não tenho dia. Tenho e somo dias, de amor, de saudade, de fé no reencontro, de que tudo ainda podemos fazer para acontecer. E Tu Eduarda, deixas-te aqui um semblante belo. Sou um pai sem dia. Tenho sim todos os dias da minha vida onde estás comigo, até ao infinito da nossa existência, na Terra e nesse lado que um dia quando chegar me irás contar como é…
Neste dia do Pai, permite que seja eu a evocar-te daqui. A prenda? Sim, essa é das melhores que se pode ter e não custa nem dinheiro, muito menos qualquer esforço. Chama-se Amor.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Para Ti, minha Primavera


Neste mundo povoado de desertores, de tantas vidas envoltas em mistérios, com propósitos tão distantes da verdade, importa também nós continuarmos a nossa jornada numa lógica de aprendizagem de vida. Não sabemos tudo, muito menos somos exemplo a seguir. Nada mais somos que seres humanos com sentimentos partilhados, podendo ouvir as mesmas canções e palavras, experimentando as mesmas alegrias e tristezas.
Nesta madrugada fora, como escritor de sonhos, tantas vezes incompreendido (qualquer escritor de sentimentos o é), continuo a esconder o meu choro e o que mais gostaria que acontecesse no meu futuro. Pessoas existem que comigo partilham instantes, algumas ficam, outras partem. Afinal, não sou diferente dos demais, uma alma achada e perdida que acaba sozinho a contemplar e a contemplar-se.
A minha obra ainda não está acabada. Deus ainda quer que continue a depositar algo de mim neste mundo que parece perdido e os homens desejam que se continue a perder. Assisto à teimosia da prepotência, da austeridade, da elevação dos planos económicos, ultrapassando os sentimentos e o valor da alma.
Hoje ou nunca mais. Muitos sabem que nada têm mas o que realmente tem valor é existir e partilhar os nossos momentos com as pessoas que seleccionamos. É isso que levamos desta vida, os instantes com eles vividos. Tudo o resto fica, é efémero.
E quando até me cruzo com alguém, seja em que patamar ou estágio for desta dádiva que é viver, se não me valorizar ou em mim acreditar, sigo sempre de forma humilde os meus rumos. Aprendo ali, querendo saber o que de melhor de mim ali faltou. O que poderia ter dado? Como poderia ter doado mais e melhor?
A vida é acordar porque daí à viagem do não existir, onde os nossos olhos se fecharão, pode ser num virar de esquina. As pessoas tendem ignorar que não são donos da sua existência. É algo intocável, sem controlo. O poder do homem não chegou aqui, nem chegará.
Dedico este texto à Primavera que já chegou à minha vida.